
Antropologia forense é ramo da medicina legal que tem como principal objectivo a identidade e identificação do ser humano. Utiliza conhecimentos da antropologia geral, com clara importância na jurisdição penal.
A divisão clássica da Antropologia distingue Antropologia Social e Antropologia Física. Na ciência forense é utilizada a Antropologia física.

Os antropólogos forenses movem-se pela ideia de devolver a dignidade?
É a aplicação de uma ciência que tem resultados práticos. Para uma pessoa pragmática como eu, ao fim de tantos anos de investigação e ao aplicar as técnicas de investigação, consigo determinar o perfil biológico, dizer se era um homem ou uma mulher; se era uma criança, um adolescente ou um adulto; se era um caucasiano, africano ou asiático; se era alto ou baixo; se teve alguma doença que deixou vestígios nos ossos; se tinha algum problema na locomoção ou se tem alguma marca de intervenção cirúrgica. Com todos esses dados consigo identificar. Não há dois esqueletos iguais.
De que forma? Como é o vosso processo de trabalho?
As duas grandes questões científicas a que queremos responder são a identidade e a causa da morte. Depois há uma série de etapas, desde a recuperação dos restos humanos no local, à ida para o laboratório e toda uma sequência de perguntas a que devemos responder. Logo que os ossos estejam prontos para serem analisados, faz-se a primeira pergunta: “É um osso?”. Pode não ser. Depois a segunda: “É humano?”. Em 25 por cento dos casos são ossos de animais. “Se é humano, é um caso arqueológico?”, como uma população medieval ou romana ou será que é um caso de alguém que morreu nos últimos 15 anos? Nesta última hipótese, trata-se de um caso forense.