sábado, 12 de dezembro de 2009

Reportagem TVI

As séries policiais do momento fazem-nos acreditar que crimes e criminosos são descobertos de um dia para outro, quase que por artes mágicas. Mas este é um mundo de ficção que não corresponde à realidade. Em Portugal, o Laboratório da Policia Cientifica mostra-nos que nenhum crime se finalise com essa rapidez. Não só por questões técnicas, mas também por exigências de ordem administrativa, com regras que têm de ser levadas até ao limite. A TVI seguiu os “vestígios” sem “contaminar” os casos reais que fizeram noticia, em Portugal, nos últimos anos. Fomos conhecer as verdades e os mitos do mundo fascinante da Ciência Forense…

http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&pagina_actual=1&mul_id=13191857&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Balística forense

Balística é a ciência que estuda o movimento dos projécteis, especialmente das armas de fogo, seu comportamento no interior destas e também no seu exterior, como a trajectória, impacto, marcas, explosão, etc., utilizando-se de técnicas próprias e conhecimentos de física e química.


A Balística forense (aplicação da balística em questões legais) analisa o impacto das balas através de técnicas especiais para determina as suas características como as marcas deixadas na bala pela arma quando disparada, isto porque quase todas armas deixam um tipo de “Impressão Digital” na bala.
Em algumas armas não e possível identificar estas marcas, como no caso das caçadeiras onde o projéctil é um cartucho de plástico.

Genética Forense


A Genética Forense é a área do conhecimento que trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à justiça. A Genética Forense também é conhecida como DNA Forense.
Apesar de o ramo mais desenvolvido da Genética Forense ser a Identificação Humana pelo DNA e sua aplicação mais popular ser o Teste de paternidade, a Genética Forense não limita-se a isso, podendo ser aplicada na identificação ou individualização de animais, plantas e microrganismos.

Odontologia Forense


A Odontologia Forense consiste na análise e avaliação de provas com carácter dentário podendo desvendar a idade das pessoas (caso sejam crianças devido à dentição de leite) e a identidade da pessoa a quem pertencem os dentes. Outro tipo de provas dentárias pode ser as marcas de mordeduras deixadas na vítima ou no assassino (devido a uma luta) ou num objecto deixado na cena do crime. Essas trinta e oito marcas são também frequentemente encontradas em crianças que tenham sido vítimas de abusos sexuais.

Os dentes são estruturas fundamentais à identificação médico-legal, devido à sua resistência (à decomposição, ao calor, aos traumatismos e à acção de certos agentes químicos) e especificidade (cada dentadura é única). A identificação através dos dentes permite o estudo dos aspectos assinalados para a Antropologia Forense, através de métodos de reconstrução e comparação.


Formas de análise da Ontologia Forense:



  • Fazem a contagem do número de dentes;

  • Têm em atenção a alteração da posição ou rotação dos dentes;

  • Detectam as alterações congénitas ou adquiridas (isso leva uma conclusão sobre os hábitos ou profissões de cada cadáver);

  • Dão também importância às alterações patológicas ou traumáticas (cáries);

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Psiquiatria forense & Psicologia forense

A psiquiatria forense encontra-se interligada entre a lei e a psiquiatria. Para ser um psiquiatra forense é necessário treino específico para ser reconhecido pela Ordem dos Médicos. Este actua nos casos onde ocorre qualquer dúvida sobre a integridade ou a saúde mental dos indivíduos, em qualquer área do Direito, com o objectivo de poder esclarecer à justiça se há ou não, a presença de um transtorno ou perturbação mental e quais as implicações da existência ou não de um diagnóstico psiquiátrico.

A psicologia forense é um campo da psicologia que consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos propósitos do direito, como lutas judiciais pela guarda de crianças, abusos sexuais, entre outras. Enquanto que a psicologia é o estudo do comportamento humano e animal, o termo forense refere-se, num sentido restrito, às situações que se apresentam nos tribunais. Esta ciência, tal como a psiquiatria forense, nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos de indivíduos considerados doentes mentais, apesar de terem cometido actos criminosos de pequenos ou grandes delitos. A doença mental para além de ser tratada de uma perspectiva clínica, deve ser encarada de um ponto de vista jurídico. O psicólogo que exerce actividade nesta área deve ser um perito na sua própria especialidade dominando os conhecimentos necessários da psicologia em si, para depois dominar os conhecimentos referentes às leis civis que dizem respeito aos direitos e deveres de um cidadão para com os outros, e às leis criminais que dizem respeito às ofensas que um indivíduo possa cometer para com os outros ou para com o Estado.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Toxicologia Forense

A Toxicologia Forense é a ciência que estuda os efeitos nocivos das substâncias químicas no mundo vivo;
-> É multidisciplinar, pois engloba conhecimentos de várias áreas como Farmacologia, Bioquímica, Química, Fisiologia, Genética e Patologia, entre outras;
-> Esta ciência identifica e quantifica os efeitos prejudiciais associados a produtos tóxicos, ou seja, qualquer substância que pode provocar danos ou produzir alterações no equilíbrio biológico;
-> A toxicologia forense tem, como principal objectivo, a detecção e identificação de substâncias tóxicas, em geral, no seguimento de solicitações processuais de investigação criminal por parte dos diversos organismos;
-> Desta maneira, é possível obter pistas relativamente a envenenamentos, intoxicações, uso de estupefacientes, entre outros. É a partir desta área que, muitas vezes, é descoberta qual a causa da morte do indivíduo em questão e, se o causador o fez involuntariamente ou por algum motivo.

Dr. Álvaro Lopes, licenciado em Farmácia e doutorado em Toxicologia.


Ao contrário do que acontece na série “C.S.I.”, os inspectores da Polícia Científica não interrogam, nem detêm suspeitos. Sente curiosidade em conhecer o desfecho dos casos?

O problema é que não temos tempo para isso. Nas séries televisivas, os peritos acompanham todo o processo. O nosso trabalho termina quando concluímos o relatório da perícia.

Que outras diferenças encontra entre a ficção do “C.S.I.” e a realidade do seu laboratório?

Os casos não se resolvem em 30 minutos. Isso tem um efeito perverso ao criar falsas ideias sobre o nosso trabalho. Os avaliadores dos processos podem achar que estamos muito atrasados. Nessas séries também solicitam imensas provas, o que não acontece cá.

Surpreende-se com o engenho de alguns criminosos, como as técnicas sofisticadas de ocultação de droga?

Pensamos sempre que quem está por detrás de um crime são uns pobrezinhos muito estúpidos. Mas na maioria dos casos são mentes brilhantes, pessoas com formação em química. Tivemos o caso de embalagens de café com cocaína. O estupefaciente cheirava a café moído, tinha a cor de café. Transformar cocaína em café não é fácil tecnicamente.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Patologia Forense


A Patologia Forense é mais preocupada em determinar a causa da morte de uma vítima. O médico patologista irá então, graças ao seu treino em patologia anatómica e forense, realizar uma autópsia à vítima em que irá determinar a causa da morte desta, o que foi utilizado para a propiciar (como uma ferida derivada a uma faca ou uma bala), bem como descobrir mais provas que levem ao assassino e em certos casos determinar a identidade da vítima.

Entomologia Forense

A Entomologia Forense consiste no estudo de insectos e outros tipos de animais com propósitos forenses. Esse estudo irá permitir descobrir a data e local da morte ao serem analisados os animais encontrados na vítima bem como os ovos que podem ter depositado nesta. Além disso como certos insectos são específicos a uma determinada região, estação do ano ou clima, será uma prova bastante conclusiva em tribunal em relação à data local da morte bem como para desmentir diversos falsos álibis.

O que é a Ciência Forense?

A Ciência Forense é um conjunto de componentes ou áreas, nomeadamente a Antropologia, Criminologia, Entomologia, Ondotologia, Patologia, Psicologia, Balística, entre outros que em conjunto, actuam de modo a resolver casos de carácter legal. Há então que referir que a Ciência Forense não é uma ciência única. Esta está dependente de todas áreas que sejam necessárias em casos específicos.

A ciência forense é utilizada para a análise de vestígios principalmente em crimes violentos. Tais como espécimes biológicos como sangue, cabelo, sémen, e outros tecidos que estão entre os tipos de evidências mais frequentemente encontrados nas cenas do crime. Estes chegam a um laboratório criminal de várias formas, tipos e condições, fazendo com que os procedimentos analíticos normais, às vezes sejam difíceis de executar. Graças a testes e investigações forenses, pedaços de evidências agora dizem muito mais do que costumavam a dizer. Dada a alta exactidão e natureza sensível das investigações forenses, é necessária uma extrema cautela para prevenir contaminações na hora de identificar, recolher e conservar uma evidência biológica. Os investigadores e os profissionais de laboratório usam todo o tipo de materiais para manipular as evidências a fim de evitar o contacto com os vestígios recolhidos de modo a não haver contaminação (adulteração dos vestígios) dos mesmos. Os detalhes são um ponto importante no que diz respeito à observação e tratamento de vestígios. Isto tudo mostra que a ciência forense está realmente a mudar a nossa vida do dia-a-dia.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Antropologia forense


Antropologia forense
é ramo da medicina legal que tem como principal objectivo a identidade e identificação do ser humano. Utiliza conhecimentos da antropologia geral, com clara importância na jurisdição penal.

A divisão clássica da Antropologia distingue Antropologia Social e Antropologia Física. Na ciência forense é utilizada a Antropologia física.





Dr.ª. Eugénia Cunha (Antropóloga), Professora catedrática na Universidade de Coimbra

Os antropólogos forenses movem-se pela ideia de devolver a dignidade?

É a aplicação de uma ciência que tem resultados práticos. Para uma pessoa pragmática como eu, ao fim de tantos anos de investigação e ao aplicar as técnicas de investigação, consigo determinar o perfil biológico, dizer se era um homem ou uma mulher; se era uma criança, um adolescente ou um adulto; se era um caucasiano, africano ou asiático; se era alto ou baixo; se teve alguma doença que deixou vestígios nos ossos; se tinha algum problema na locomoção ou se tem alguma marca de intervenção cirúrgica. Com todos esses dados consigo identificar. Não há dois esqueletos iguais.


De que forma? Como é o vosso processo de trabalho?

As duas grandes questões científicas a que queremos responder são a identidade e a causa da morte. Depois há uma série de etapas, desde a recuperação dos restos humanos no local, à ida para o laboratório e toda uma sequência de perguntas a que devemos responder. Logo que os ossos estejam prontos para serem analisados, faz-se a primeira pergunta: “É um osso?”. Pode não ser. Depois a segunda: “É humano?”. Em 25 por cento dos casos são ossos de animais. “Se é humano, é um caso arqueológico?”, como uma população medieval ou romana ou será que é um caso de alguém que morreu nos últimos 15 anos? Nesta última hipótese, trata-se de um caso forense.