sábado, 5 de dezembro de 2009

Toxicologia Forense

A Toxicologia Forense é a ciência que estuda os efeitos nocivos das substâncias químicas no mundo vivo;
-> É multidisciplinar, pois engloba conhecimentos de várias áreas como Farmacologia, Bioquímica, Química, Fisiologia, Genética e Patologia, entre outras;
-> Esta ciência identifica e quantifica os efeitos prejudiciais associados a produtos tóxicos, ou seja, qualquer substância que pode provocar danos ou produzir alterações no equilíbrio biológico;
-> A toxicologia forense tem, como principal objectivo, a detecção e identificação de substâncias tóxicas, em geral, no seguimento de solicitações processuais de investigação criminal por parte dos diversos organismos;
-> Desta maneira, é possível obter pistas relativamente a envenenamentos, intoxicações, uso de estupefacientes, entre outros. É a partir desta área que, muitas vezes, é descoberta qual a causa da morte do indivíduo em questão e, se o causador o fez involuntariamente ou por algum motivo.

Dr. Álvaro Lopes, licenciado em Farmácia e doutorado em Toxicologia.


Ao contrário do que acontece na série “C.S.I.”, os inspectores da Polícia Científica não interrogam, nem detêm suspeitos. Sente curiosidade em conhecer o desfecho dos casos?

O problema é que não temos tempo para isso. Nas séries televisivas, os peritos acompanham todo o processo. O nosso trabalho termina quando concluímos o relatório da perícia.

Que outras diferenças encontra entre a ficção do “C.S.I.” e a realidade do seu laboratório?

Os casos não se resolvem em 30 minutos. Isso tem um efeito perverso ao criar falsas ideias sobre o nosso trabalho. Os avaliadores dos processos podem achar que estamos muito atrasados. Nessas séries também solicitam imensas provas, o que não acontece cá.

Surpreende-se com o engenho de alguns criminosos, como as técnicas sofisticadas de ocultação de droga?

Pensamos sempre que quem está por detrás de um crime são uns pobrezinhos muito estúpidos. Mas na maioria dos casos são mentes brilhantes, pessoas com formação em química. Tivemos o caso de embalagens de café com cocaína. O estupefaciente cheirava a café moído, tinha a cor de café. Transformar cocaína em café não é fácil tecnicamente.

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